Janeiro foi o mês em que terminou a primeira parte da telenovela “O Aeroporto”. Ficou decidido que seria em
Alcochete, deixando o Ministro Mário Lino, que tinha afirmado que, ali, “jamé!”, com um sapo vivo pela garganta abaixo a mexer as patinhas. Agora falta saber como se vai pagar, ou seja, como vamos nós pagar.
Para continuar a distrair a malta do facto de terem dado sumiço na miúda, os McCann divulgaram uma versão humorística do
retrato do suposto raptor. Continua a impressionar-nos a capacidade de encaixe destes gajos.
Como sempre acontece nesta altura, a padeira fez
dieta. Fevereiro começou com uma manchete do 24 Horas que animou a má-língua da populaça como poucas:
Sócrates assinou projectos de moradias foleiras no início da carreira. Foi um delírio, tudo quanto tinha vivendas assinadas por engenheiros que nunca as tinham sequer visto, ou seja, quase toda a população, ficou indignadíssimo.
Foi também neste mês que um labrego que dá pelo nome de
Mário Nogueira conseguiu saltar para a ribalta, onde ainda se encontra embora já quase toda a gente ande fartinha de lhe ver as fuças, sem ser bonito, nem elegante, nem especialmente educado, nem inteligente, nem possuir nenhum talento. É assim, os media têm produzido inúmeros destes fenómenos, nomeadamente a Lili Caneças, o Castelo Branco e o pessoal do Big Brother.
Em Março, devido a uma
crónica da empregada onde ela publicou um quadro estatístico com o número de horas de trabalho dos professores portugueses face aos dos países da OCDE, a ordinarice que atacou o estabelecimento foi de tal ordem que fomos forçadas a activar a moderação de comentários. Moderação que, de qualquer forma, já tirámos. Não temos pachorra.
Foi também neste mês que uma
pita com falta duns estalos no focinho quando era pequenina ficou famosa com o tema: “Dá-me o Telemóvel Já!”
Em Abril, descobrimos que há uma
lei que proíbe a instalação de sex-shops a menos de 200m de igrejas. E é mesmo verdade, a cliente São confirmou-nos. Valha-nos Deus!
Foi também neste mês que
o PSD protagonizou mais um grande momento humorístico da política portuguesa: O seu líder demitiu-se amuado por causa dum artigozeco qualquer do Correio da Manhã, deixando o PS a esfregar as mãos (até hoje!).
Na Áustria, rebentou
uma escandaleira das grandes: Afinal, o povo mais civilizado entre os civilizados, aquele que a gente vê no concerto de ano novo a trautear o Danúbio Azul sem despentear uma melena, também é cheio de podres.
Em Maio,
o PSD já estava tão na merda, mas tão na merda, que até uma multa levou e teve que pagar a crédito. Só faltava vir um cão e mijar-lhes nas pernas. A esperança era a Drª Manuela, mas…
No mundo do futebol houve umas
suspensões, após o que ficou tudo exactamente na mesma.
Conseguimos fazer a
reportagem ao vivo dum incêndio, e nem sequer ganhámos um prémio por isso. São sempre os mesmos é o que é.
Mais uma vez, o staff da padaria não foi
àquele festival que não é rock nem é no Rio. Junho trouxe alegria ao povo com o
Europeu de Futebol que, mais uma vez, nós não ganhámos. Mais. Ganharam os vizinhos, de quem nós temos uma eterna e entranhada inveja disfarçada. Paciência.
No dia 10, o
Sr. Presidente da República confirmou-nos que é melhor mesmo continuarmos monárquicas. Obrigada.
Em Julho pouca coisa foi notícia de jeito. Se não fosse as constantes bocas foleiras da nova patroa do PSD e um tiroteio em Loures, tinha sido uma tristeza.
Em Agosto,< os jogos olímpicos fizeram-nos a todos ter vontade de cobrir a cara de merda. Aquilo foi umas atrás das outras! E a Drª Manuela continuou a fazer das suas.
Ah! E também houve a
volta a Portugal em bicicleta! E o veto do presidente à lei do divórcio… e mais barracas nos jogos olímpicos.
E Setembro assistiu ao acontecimento mais importante do ano:
Eu fui de férias! Em Outubro, o nosso presidente protagonizou um dos
momentos mais ternurentos do ano. É um querido.
Já o PS protagonizou a maior
fantochada de que há memória na assembleia da república. Ninguém percebeu e ficou assim mesmo.
Vinte e quatro euros foi a proposta de aumento do salário mínimo feita pelo governo. Vinte e quatro euros foi o que provocou grande algazarra entre as PME’s. Caramba, vinte quatro euros???
Em Novembro, a padaria completou cinco anos de actividade. Obrigada a vocês que têm a pachorra de nos aturar.
A América escolheu
um novo presidente e o mundo todo acreditou que tudo vai mudar para melhor. É a fé que nos salva?
Morreu a
Milú. Acontece aos melhores.
Dezembro viu
a capital da choldra na merda graças a mais uma de muitas greves dos mais variados sectores e sem ponta por onde se lhes pegue.
Mais uma vez (isto acontece ciclicamente) o povo se apercebeu que anda a pagar principescamente aos deputados
para eles não porem os pés no trabalho à sexta-feira. Mas nem por isso os despede. Mais, vai renovar-lhes o contrato!