Acho que descobri um novo nicho de mercado: Escrever letras para canções de música pimba. Para já escrevi estas duas, que vou enviar ao Emanuel a ver se ele me catapulta para a ribalta, não sou menos que a Sabrina. Aliás, acho que sou tal e qual. Tal como ela, não sei cantar. Tal como ela, se pintar o cabelo de loiro fico loira. E tal como ela, se vestir um vestidinho da Fabio Lucci, fico em estilo Fabio Lucci. Até tenho uma vantagem que é esta inspiração toda que vos mostro.
Acham que tenho futuro? Aceita-se sugestões para melhoramento (se tal for possível) dos poemas.
DEPOIS FUI PARA A FRANÇA
Quando eu era pequenino
Queria ser carpinteiro
Andar sempre c’o pau na mão
Sem nunca descansar
O dia inteiro
Refrão
Depois fui p’rà França
Depois fui p’rà França
Depois fui p’rà França
Quando eu era pequenino
Queria ser agente da PSP
Andar sempre sempre
A lixar o pessoal
Sem saber porquê
Refrão
Depois fui p’rà França
Depois fui p’rà França
Depois fui p’rà França
Quando eu era pequenino
Queria ser chapeiro
Dar c’o martelo na chapa
E usar Old Spice
P’ra não ficar com cheiro
Refrão
Depois fui p’rà França
Depois fui p’rà França
Depois fui p’rà França
Quando eu era pequenino
Queria ser mecânico
Pôr a mão nos motores
Pôr a mão nos fios
E não entrar em pânico
Refrão
Depois fui p’rà França
Depois fui p’rà França
Depois fui p’rà França
DEPOIS VAMOS PARA A FRANÇA
Oh meu amor tu e eu somos dois
Oh meu amor fazemos já aqui
Não deixamos p’ra depois
Refrão
Depois vamos para a França
Depois vamos para a França
Depois vamos para a França
Oh meu amor oh minha paixão
Se tu não aceitares o meu convite
Lá terei que fazer com a mão
Refrão
Depois vamos para a França
Depois vamos para a França
Depois vamos para a França
Oh meu amor quando eu te vi
Fui logo contar à malta que
Tu quiseste e eu te comi
Refrão
Depois vamos para a França
Depois vamos para a França
Depois vamos para a França
3/30/2007
3/28/2007
Um era alto, encorpado. O outro baixo, magrinho e de chapéu na mão rude de agricultor. Ambos de fato de vir à cidade, sinal de que cumpriam uma missão nobre.
- Está aqui o meu "besinho" que "le" pode d'zer qu'é "berdade". Eu "dei-le" "pula" frente, ele deu-me "pu" trás.
- Desculpe... deu?
- Sim, o "tarreno". Eu "dei-le" "pula" frente, ele deu-me "pu" trás. Está aqui a carta que "bocês" mandaram.
Estendeu-me um ofício onde pedíamos esclarecimentos sobre uma diferença de configuração de prédios rústicos.
- Os senhores fizeram escritura de permuta?
- "Num" fizemos nada disso. Eu "dei-le" "pula" frente, ele deu-me "pu" trás, "num" "bamos" "boltar" atrás na "palabra". E eu "trusse-o" aqui comigo para confirmar. "Num" é o que basta?
E nós, os burocratas anestesiados, que dividimos e classificamos o chão que todos pisam em artigos e registos e certidões, a disfarçar de compreensão paternalista a nossa frustração, perante duas almas que ainda acreditam no poder da palavra dada.
- Está aqui o meu "besinho" que "le" pode d'zer qu'é "berdade". Eu "dei-le" "pula" frente, ele deu-me "pu" trás.
- Desculpe... deu?
- Sim, o "tarreno". Eu "dei-le" "pula" frente, ele deu-me "pu" trás. Está aqui a carta que "bocês" mandaram.
Estendeu-me um ofício onde pedíamos esclarecimentos sobre uma diferença de configuração de prédios rústicos.
- Os senhores fizeram escritura de permuta?
- "Num" fizemos nada disso. Eu "dei-le" "pula" frente, ele deu-me "pu" trás, "num" "bamos" "boltar" atrás na "palabra". E eu "trusse-o" aqui comigo para confirmar. "Num" é o que basta?
E nós, os burocratas anestesiados, que dividimos e classificamos o chão que todos pisam em artigos e registos e certidões, a disfarçar de compreensão paternalista a nossa frustração, perante duas almas que ainda acreditam no poder da palavra dada.
3/27/2007
E NÃO PRECISAM DE AGRADECER
Estou em condições de vos garantir, sem necessidade de qualquer estudo ou experiência que:
-Se pedirem a factura no restaurante, não só a empregada vai olhar para vocês com ar de enjoada como, ao chegarem cá fora, não há grupos de miúdos com balões, tarjas e passadeiras vermelhas a agradecer-vos como se tivessem ganho o “Grandes Portugueses” em vez do carunchoso.
-Se forem ao à agência do Montepio onde têm a porcaria da vossa conta onde cai a porcaria do vosso ordenado e tentarem dar uma ordem ao engravatadinho que está na caixa porque estão convencidos que são donos daquilo, mandam-vos logo pastar.
-Se sujarem a camisa com molho de tomate, lama, baton, salada de fruta e relva, além de serem uns inqualificáveis javardos, esqueçam a merda do Skip. Deitem-na ao lixo.
-(Só para os homens) Se forem ao supermercado comprar aquela treta malcheirosa que dá pelo nome de Axe e se encharcarem naquilo, é muito pouco provável que um bando de mulheres jovens e com medidas Barbie corra atrás de vocês desesperadas por uma queca convosco. Muito pouco provável mesmo.
-(Só para mulheres) Por muito que se esfreguem em cremes anti-celulite através de objectos que mais parecem cenas compradas numa sex-shop para sado-maso, os únicos 0,7 cm que vão perder é de espessura na carteira.
Agradece-se mais contribuições para esclarecimento dos comuns.
-Se pedirem a factura no restaurante, não só a empregada vai olhar para vocês com ar de enjoada como, ao chegarem cá fora, não há grupos de miúdos com balões, tarjas e passadeiras vermelhas a agradecer-vos como se tivessem ganho o “Grandes Portugueses” em vez do carunchoso.
-Se forem ao à agência do Montepio onde têm a porcaria da vossa conta onde cai a porcaria do vosso ordenado e tentarem dar uma ordem ao engravatadinho que está na caixa porque estão convencidos que são donos daquilo, mandam-vos logo pastar.
-Se sujarem a camisa com molho de tomate, lama, baton, salada de fruta e relva, além de serem uns inqualificáveis javardos, esqueçam a merda do Skip. Deitem-na ao lixo.
-(Só para os homens) Se forem ao supermercado comprar aquela treta malcheirosa que dá pelo nome de Axe e se encharcarem naquilo, é muito pouco provável que um bando de mulheres jovens e com medidas Barbie corra atrás de vocês desesperadas por uma queca convosco. Muito pouco provável mesmo.
-(Só para mulheres) Por muito que se esfreguem em cremes anti-celulite através de objectos que mais parecem cenas compradas numa sex-shop para sado-maso, os únicos 0,7 cm que vão perder é de espessura na carteira.
Agradece-se mais contribuições para esclarecimento dos comuns.
3/26/2007
É LIXADO
O mar teima em entrar pela Costa da Caparica dentro, isso estamos fartos de saber. O pior é que a senhora que aparece a acusar o INAG de negligência na matéria, além de se chamar Clotilde, é campista. Assim não há condições!
Primeiro, porque só conseguimos imaginar que alguém chamada Clotilde seja... sei lá... modista. Depois, porque a condição de campista lembra logo uma pessoa que vai atrás das árvores fazer xixis e cocós e anda de um lado para o outro com um rolo de papel higiénico na mão. E atenção, que eu não conheço a senhora de lado nenhum e até pode ter sanita na caravana, mas assim não há mesmo condições!
Devia haver mais cuidado com estas coisas sérias.
Olá queridos, boa noite a todos. Hoje, como também sou filha de Deus, vou dar a minha opinião sobre o futuro aeroporto da Ota que, como se sabe, é um assunto de que toda a gente fala (um dia destes, até as paspalhas da Bela e o Mestre apesar de pensarem tratar-se dum novo medicamento para fazer crescer as mamas) mas que ninguém sabe muito bem do que se trata, até porque, como convém, as cartas já foram baralhadas q.b.
Lembrei-me de falar neste assunto porque estive a ver uma bequinha do debate na assembleia da república. Sobre o dito debate não tenho nada a dizer a não ser que acho que deviam pôr uma almofada na cadeira do Marques Mendes. É muita maldade deixar o homem sentar-se ali sem reforço, parece um puto à mesa no momento em que a mãe traz a travessa com os bróculos. Pronto.
Quanto ao aeroporto propriamente dito parece-me que há três questões essenciais que vou passar a analisar.
Primeira: Custa um colhão de massa. Aliás, parece que até mais do que um, vários.
Não sei se isto será verdade, queridos clientes. Vejamos: De facto, qualquer pelintra como eu ou você que olhe para aqueles números fica com os neurónios a chocalhar e nem sabe muito bem transpor aquela porcaria para a vida real, tipo, quantos pares de sapatos ou Fiat’s Panda ou vestidinhos da Berska ou seja lá o que for é que aquela massa toda pode comprar. Mas é pura ilusão óptica. Se pensarmos que ainda neste último Natal (e não sou eu que estou a inventar, saiu nas notícias todas) os portugas gastaram em peúgas para oferecer, em ferreros rochês e em árvores de natal de plástico uma quantia que dava para pagar o novo aeroporto, com derrapagens financeiras incluídas e tudo, bem, não é assim tanto como isso. Claro que a maior parte ainda agora, fins de Março, anda à rasca para pagar a renda do mês de Janeiro mas, meu amigo, quando a cabeça não tem juízo…
Segunda: Especialistas de aeronáutica dizem que a Ota é um mau sítio para aterrar devido aos ventos predominantes do quadrante Noroeste contra a rotação das pistas para Nor-nordeste em que o vento passa a apresentar-se ainda menos enfiado com as pistas, prejudicando a performance dos aviões com os riscos operacionais acrescidos.
Alguém percebe o que significa esta merda? Eu não. Mas, simplificando, não deve querer dizer que por causa do vento ser traiçoeiro os aviões vão passar a vida a cair nas aterragens e nas descolagens. Ganda barracada que ia ser, não? Eh pá, não me lixem, nem os políticos portugueses são tão estúpidos que fossem arriscar a gastar uma pipa de massa a construir uma cena onde fosse cada tiro cada melro. Até porque, se há gajos que vão gastar dali são mesmo eles, porque o resto do ppl vai de Citroen ao Algarve e e… E os tipos têm amor à pele!
Terceira: A Ota fica longe de Lisboa.
Ora, pois fica, pode-se até dizer que fica no cu de judas. Mas na verdade fica ainda mais longe de Aveiro e eu não estou mesmo nadinha ralada com isso.
E pronto, queridos clientes. Espero ter contribuído para vos esclarecer relativamente a esta complexa questão e, se não vos ajudei a formular uma opinião própria, pelo menos espero ter ajudado a baralhar-vos ainda mais.
Seja como for, fiquem com a beijoca do costume da vossa
Rosarinho
Lembrei-me de falar neste assunto porque estive a ver uma bequinha do debate na assembleia da república. Sobre o dito debate não tenho nada a dizer a não ser que acho que deviam pôr uma almofada na cadeira do Marques Mendes. É muita maldade deixar o homem sentar-se ali sem reforço, parece um puto à mesa no momento em que a mãe traz a travessa com os bróculos. Pronto.
Quanto ao aeroporto propriamente dito parece-me que há três questões essenciais que vou passar a analisar.
Primeira: Custa um colhão de massa. Aliás, parece que até mais do que um, vários.
Não sei se isto será verdade, queridos clientes. Vejamos: De facto, qualquer pelintra como eu ou você que olhe para aqueles números fica com os neurónios a chocalhar e nem sabe muito bem transpor aquela porcaria para a vida real, tipo, quantos pares de sapatos ou Fiat’s Panda ou vestidinhos da Berska ou seja lá o que for é que aquela massa toda pode comprar. Mas é pura ilusão óptica. Se pensarmos que ainda neste último Natal (e não sou eu que estou a inventar, saiu nas notícias todas) os portugas gastaram em peúgas para oferecer, em ferreros rochês e em árvores de natal de plástico uma quantia que dava para pagar o novo aeroporto, com derrapagens financeiras incluídas e tudo, bem, não é assim tanto como isso. Claro que a maior parte ainda agora, fins de Março, anda à rasca para pagar a renda do mês de Janeiro mas, meu amigo, quando a cabeça não tem juízo…
Segunda: Especialistas de aeronáutica dizem que a Ota é um mau sítio para aterrar devido aos ventos predominantes do quadrante Noroeste contra a rotação das pistas para Nor-nordeste em que o vento passa a apresentar-se ainda menos enfiado com as pistas, prejudicando a performance dos aviões com os riscos operacionais acrescidos.
Alguém percebe o que significa esta merda? Eu não. Mas, simplificando, não deve querer dizer que por causa do vento ser traiçoeiro os aviões vão passar a vida a cair nas aterragens e nas descolagens. Ganda barracada que ia ser, não? Eh pá, não me lixem, nem os políticos portugueses são tão estúpidos que fossem arriscar a gastar uma pipa de massa a construir uma cena onde fosse cada tiro cada melro. Até porque, se há gajos que vão gastar dali são mesmo eles, porque o resto do ppl vai de Citroen ao Algarve e e… E os tipos têm amor à pele!
Terceira: A Ota fica longe de Lisboa.
Ora, pois fica, pode-se até dizer que fica no cu de judas. Mas na verdade fica ainda mais longe de Aveiro e eu não estou mesmo nadinha ralada com isso.
E pronto, queridos clientes. Espero ter contribuído para vos esclarecer relativamente a esta complexa questão e, se não vos ajudei a formular uma opinião própria, pelo menos espero ter ajudado a baralhar-vos ainda mais.
Seja como for, fiquem com a beijoca do costume da vossa
Rosarinho
3/23/2007
DE COMO ME CERCEARAM VIOLENTAMENTE O ESPÍRITO CRIATIVO E AGORA É ISTO
A culpa nem foi minha, foi do tédio.
Chovia, eu já tinha conseguido estragar a corda da caixinha de música com a senhora de Fátima que tocava o avé maria e não me lembrava de mais nada para fazer. Encostei o nariz aos vidros da janela e fiquei a ver os pingos a bater.Depois fui buscar umas folhas de papel branco e uma tesoura. Recortei um quadrado e pressionei-o contra o vidro, que estava húmido. Ele ficou colado sem cair e eu fiquei contente com isso. Tão contente que continuei a recortar quadrados de papel e a colá-los em todos os vidros de todas as janelas da casa da minha avó. Quando terminei a tarefa sentei-me no sofá e liguei a televisão à espera dos desenhos animados enquanto não me surgia mais nenhuma ideia.Os resultados não demoraram a fazer-se sentir. Uma após outra, várias pessoas bateram à porta para "ver a casa". A minha avó explicava sempre que não, a casa não estava para alugar e fechava a porta perguntando-se quem raio teria espalhado tal notícia. Elas iam embora com ar ofendido. E eu sentada no sofá, calmamente, à espera dos desenhos animados.Até que a minha mãe chegou para me buscar:
-Oh mãe! Vai mudar de casa e não nos disse nada?
-Também tu? Mas quem é que anda a dizer isso?
-Ninguém! A mãe é que tem "escritos" em todas as janelas!
Fez-se um momento de silêncio após o que, em perfeita sincronia e sem terem trocado uma palavra, viraram-se ambas para mim com as mãos na cintura:
-DIDINHAAAS!!!...
MAIS UMA À TRAVE
Dei boleia a uma colega.
Pouco depois de termos arrancado, um condutor à nossa frente arrastava-se a uns 20/30 km/hora e ia abrandando até se imobilizar por completo, sem motivo aparente.
Eu, que gosto de conduzir ligeirinha e já estava a ficar enervada, desabafei:
-Tu já me viste este panasca? Porra! Se for a *#*.&* como é a conduzir, aquilo nem “coiso” nem sai de cima!
E ela:
Pouco depois de termos arrancado, um condutor à nossa frente arrastava-se a uns 20/30 km/hora e ia abrandando até se imobilizar por completo, sem motivo aparente.
Eu, que gosto de conduzir ligeirinha e já estava a ficar enervada, desabafei:
-Tu já me viste este panasca? Porra! Se for a *#*.&* como é a conduzir, aquilo nem “coiso” nem sai de cima!
E ela:
- É o meu marido. Já me deve ter visto.
3/21/2007
3/20/2007
TODOS OS CAMINHOS VÃO DAR À PADARIA
Os melhores cus do mundo
Conceito extremamente subjectivo, tente ser mais específico.
fotos de moças grátis
Aqui não há moças grátis... nem a pagar.
dez minutos de sexo vidios grates
Dez minutos é o tempo mínimo que demoras a quê? A conseguir escrever a palavra "vidio" ou a expressão completa "vidio grates"?
Mulher Portuguesa-sexo
Feminino. A francesa, islandesa ou chinesa também.
onde comprar farinha braslia
Aqui não.
como se faz a farinha
Não temos nada a ver com isso, só temos o nome.
síndrome muda fralda
Quem tem bebés também.
godzilla fotos mulheres
Bem, decide-te.
Fabrica de Barrados Estampados
Muito específico.
sexo anal de padres com beatas
Idem.
fotos viseu gajas mulheres meninas puta
Pouco específico.
chicas calientes animals
Chico estúpido... lost.
o que acontece a um penso higiénico
Nada de bom, acredita.
farinha tipo 80
Tipo... para quê?
3/19/2007
GENTE FINA É OUTRA COISA
O CDS caiu hoje 220 lugares no ranking "Grupos aos quais aderir para conseguir entrar no jet-set" e encontra-se atrás da "Associação de Melhoramentos do Bairro Alto", da "Comissão para a Órganização do Carnaval de Ovar" e da "Federação Nacional de Wrestling".
Segundo fontes absolutamente incredíveis, um dos candidatos a líder estará já a organizar uma "wild-party" para angariação de fundos e recuperação da imagem dos democratas-cristãos que incluirá um concurso de "Miss Latex" e a "Eleição da melhor imitação da Catherine Deneuve", que irá arruinar de vez o último resquício de credibilidade do grupo.
A equipa do Farinha segue atentamente os acontecimentos e já abriu uma banquinha de apostas.
Recebi por mail, um convite para assinar uma petição contra a criação de um museu dedicado a Salazar (não, não é à senhora dos trapos, é mesmo ao velhote que malhou da cadeira abaixo quando já estava xexé). Como geralmente até sou uma cachopa observadora e atenta, juro-vos que fiquei uma beca espantada por ainda não me ter apercebido do histerismo que por aí vai à pala do dito museu. Para ser franca, queridos clientes, não estou mesmo a perceber qual é a nóia. É só mais um sítio, no caso vertente uma casota nos confins de Santa Comba com uns retratos e umas merdas alusivas ao velhinho. Se não fosse isso era um centro cultural para os ensaios do rancho ou uma sala de espectáculos com 32 lugares para tocar a banda. Nessas terreolas o pessoal está-se sempre a lembrar de fazer qualquer coisa do género, ele é mais museu menos museu. O importante mesmo é que esta choldra toda, de norte a sul, de este a oeste, incluindo ilhas, é uma mega e permanente sessão de homenagem a Salazar. Isso sim, é que era importante acabar de vez. Infelizmente é como as carraças, nunca se sabe muito bem onde estão nem como as tirar e o animal vai ficando cada vez mais doente. E se não acreditam no que vos digo, eu posso-vos provar com inúmeros exemplos. Infelizmente o espaço para me esticar não é muito, porque já se sabe que num estabelecimento deste tipo o pessoal vem para comer uma sandoca rápida e se vir coisa difícil de digerir baza, é mesmo assim. Por isso, vou apresentar-vos só um caso comparativo e depois vocês digam-me se, em tudo o que fazemos, não estamos sempre a reproduzir as lições do defunto, mantendo-o assim mais vivo que nunca e sem precisar de merda de museu nenhum.
Caso 1. Livro de Leitura da Terceira Classe, Ministério da Educação Nacional, pág. 43 – Tempo do Sr. António Salazar.
“A Maria da Várzea chegava da horta. Trazia à cabeça uma cesta com feijão verde, cenouras, pimentos, couves e nabos, e, ao colo, um filhinho ainda de leite. Na sua frente corria, já em direcção a casa, o Manuel, de cinco anos.
Ao vê-la chegar cheia de cansaço e logo rodeada pelos outros quatro filhos, que tinham ficado em casa sob a direcção da mais velha, a Srª D. Arminda, de Lisboa, que estava a passar férias na aldeia, não pôde conter-se que não dissesse:
- Que pena me faz, senhora Maria da Várzea! Ainda tão nova e já com tantos filhos e tantas fadigas! Eu tenho um, e já me dá que fazer.
Resposta pronta:
- Pois eu, com tanto trabalho e tantos filhos, sinto-me muito feliz, minha senhora. É a vida das mulheres casadas cá da nossa aldeia. Os filhos e as canseiras que eles nos dão é que são a nossa riqueza. É por eles que nós somos felizes.”
Caso 2. Síntese de algumas notícias publicadas sobre o caso da criança raptada do Hospital de Penafiel – Tempo da UE e do choque tecnológico.
“A criança, Andreia Elizabete, fora raptada do hospital Padre Américo/Vale do Sousa com apenas três dias de vida a 17 de Fevereiro do ano passado. A criança e os pais biológicos, Isaura e Albino Pinto, foram segunda-feira submetidos a testes de ADN prevendo-se que até ao final da semana Andreia seja entregue à família. O casal Isaura Pinto e Albino Pinto tem mais seis filhos, com idades entre os 17 e os 4 anos. A rapariga mais velha vive com a avó, três vivem com o casal numa modesta casa de Cernadelo, Lousada, e duas meninas, de 9 e 10 anos, estão à guarda de uma família de acolhimento por ordem do tribunal de Lousada. Em declarações aos jornalistas, a progenitora, que vive na pequena aldeia de Cernadelo, Lousada, confirmou que fez a promessa de ir a pé ao Santuário de Fátima "logo que a bebé aparecesse". Entretanto, os vizinhos da família preparam uma festa para celebrar o baptizado de Andreia Elisabete Pinto, a menina de 1 ano retirada à sua família biológica há pouco mais de um ano.”
Caso 1. Livro de Leitura da Terceira Classe, Ministério da Educação Nacional, pág. 43 – Tempo do Sr. António Salazar.
“A Maria da Várzea chegava da horta. Trazia à cabeça uma cesta com feijão verde, cenouras, pimentos, couves e nabos, e, ao colo, um filhinho ainda de leite. Na sua frente corria, já em direcção a casa, o Manuel, de cinco anos.
Ao vê-la chegar cheia de cansaço e logo rodeada pelos outros quatro filhos, que tinham ficado em casa sob a direcção da mais velha, a Srª D. Arminda, de Lisboa, que estava a passar férias na aldeia, não pôde conter-se que não dissesse:
- Que pena me faz, senhora Maria da Várzea! Ainda tão nova e já com tantos filhos e tantas fadigas! Eu tenho um, e já me dá que fazer.
Resposta pronta:
- Pois eu, com tanto trabalho e tantos filhos, sinto-me muito feliz, minha senhora. É a vida das mulheres casadas cá da nossa aldeia. Os filhos e as canseiras que eles nos dão é que são a nossa riqueza. É por eles que nós somos felizes.”
Caso 2. Síntese de algumas notícias publicadas sobre o caso da criança raptada do Hospital de Penafiel – Tempo da UE e do choque tecnológico.
“A criança, Andreia Elizabete, fora raptada do hospital Padre Américo/Vale do Sousa com apenas três dias de vida a 17 de Fevereiro do ano passado. A criança e os pais biológicos, Isaura e Albino Pinto, foram segunda-feira submetidos a testes de ADN prevendo-se que até ao final da semana Andreia seja entregue à família. O casal Isaura Pinto e Albino Pinto tem mais seis filhos, com idades entre os 17 e os 4 anos. A rapariga mais velha vive com a avó, três vivem com o casal numa modesta casa de Cernadelo, Lousada, e duas meninas, de 9 e 10 anos, estão à guarda de uma família de acolhimento por ordem do tribunal de Lousada. Em declarações aos jornalistas, a progenitora, que vive na pequena aldeia de Cernadelo, Lousada, confirmou que fez a promessa de ir a pé ao Santuário de Fátima "logo que a bebé aparecesse". Entretanto, os vizinhos da família preparam uma festa para celebrar o baptizado de Andreia Elisabete Pinto, a menina de 1 ano retirada à sua família biológica há pouco mais de um ano.”
E pronto, queridos clientes, tenham uma semaninha pouco dolorosa e fiquem, como sempre, com uma grande beijoca da vossa
Rosarinho
3/16/2007
PEQUENOS MOMENTOS QUE MAIS VALIA NUNCA ACONTECEREM
Agora imaginem isto: Estarem, em contexto profissional, frente a frente com uma ex-professora vossa, que justamente foi vossa professora num ano em que vocês deram tanta, mas tanta bronca lá no liceu, que nem sob o anonimato de um blog têm coragem de confessar o que foram apanhados a fazer, apenas que deu direito a reunião geral de professores e pais. Nessa reunião não estavam os vossos pais porque vocês interceptaram a convocatória na caixa do correio mesmo com risco de partirem os ossinhos todos da mão, e por isso eles ficaram catalogados em conselho de turma como negligentes sem saberem de nada.
Entretanto, como estava a explicar, estão vocês a conversar com a vossa ex-professora sobre imóveis classificados e isso, e sempre a pensar: - “Já passaram mais de trinta anos, não me vai reconhecer, é impossível!” – e logo a seguir ela diz:
- Você foi minha aluna não foi?
Grrrrrr….
Entretanto, como estava a explicar, estão vocês a conversar com a vossa ex-professora sobre imóveis classificados e isso, e sempre a pensar: - “Já passaram mais de trinta anos, não me vai reconhecer, é impossível!” – e logo a seguir ela diz:
- Você foi minha aluna não foi?
Grrrrrr….
3/15/2007
O DIA EM QUE A NOSSA SENHORA DE FÁTIMA ME ATACOU
Como sempre faço, saí do emprego e meti-me no carro para bazar dali bem rapidinho. Como sempre, até podia ter caído um meteorito em cima do chaço durante o dia que eu só dava por ela se não conseguisse lá entrar nem dar à chave. Por isso, não vi que tinha um panfleto entalado no limpa pára-brisas, uma cena daquelas de publicidade que devia ser proibido andar a pôr nos carros estacionados e por acaso até é mas ninguém liga nada.
Retomando, só me apercebi da coisa quando já estava sentadita, de cinto posto, motor a trabalhar e rádio sintonizado. Está visto que não me apeteceu ir lá fora tirar aquilo. Arranquei e, uns metros mais à frente, tive a brilhante ideia de esguichar aquela coisa que dá uns borrifos para o vidro da frente e pôr os limpadores a funcionar na velocidade máxima a ver se aquela porcaria voava para qualquer lado. Azar. O panfleto, que na altura me apercebi ser uma propaganda contra o sim com a imagem da senhora de Fátima estampada, com a ajuda da água e da passagem a ferro, ficou coladinho no vidro mesmo à frente da minha cara.
Como não quis dar parte de fraca, lá tive que continuar a conduzir mas, sem visibilidade, a espreitar por baixo da estampa para ter a certeza que não ia contra nenhum poste ou carro da frente. Claro que, como já ia chateada q.b. com a situação, mal se atravessou um peão à minha frente com o semáforo vermelho, buzinei-lhe à força toda.
E só me apercebi da verdadeira dimensão da situação quando o vi especado, com cara de parvo, a pensar porque raio uma gaja que conduzia com a nossa senhora colada no pára-brisas lhe estava a buzinar assim.
Retomando, só me apercebi da coisa quando já estava sentadita, de cinto posto, motor a trabalhar e rádio sintonizado. Está visto que não me apeteceu ir lá fora tirar aquilo. Arranquei e, uns metros mais à frente, tive a brilhante ideia de esguichar aquela coisa que dá uns borrifos para o vidro da frente e pôr os limpadores a funcionar na velocidade máxima a ver se aquela porcaria voava para qualquer lado. Azar. O panfleto, que na altura me apercebi ser uma propaganda contra o sim com a imagem da senhora de Fátima estampada, com a ajuda da água e da passagem a ferro, ficou coladinho no vidro mesmo à frente da minha cara.
Como não quis dar parte de fraca, lá tive que continuar a conduzir mas, sem visibilidade, a espreitar por baixo da estampa para ter a certeza que não ia contra nenhum poste ou carro da frente. Claro que, como já ia chateada q.b. com a situação, mal se atravessou um peão à minha frente com o semáforo vermelho, buzinei-lhe à força toda.
E só me apercebi da verdadeira dimensão da situação quando o vi especado, com cara de parvo, a pensar porque raio uma gaja que conduzia com a nossa senhora colada no pára-brisas lhe estava a buzinar assim.
3/14/2007
O QUE ELES NOS FAZEM!
Passei a noite a sonhar que ia à deriva numa jangada, no meio do oceano, sem terra à vista, à pesca de papéis para o IRS. E à medida que os ia recolhendo o vento logo os espalhava. Dezenas e dezenas de recibos da farmácia a redemoinhar furiosos pelo ar... e eu a pensar que nunca mais ia conseguir entregar o IRS deste ano.
Fónix!
Fónix!
3/12/2007
NATIONAL GEOGRAPHIC - EPISODE TEN - A SIMULAÇÃO DE ORGASMO E AFINS
Apesar do mito tão enraizado na sabedoria popular segundo o qual “até os bichinhos gostam”, está hoje cientificamente provado (só não sabemos durante quanto tempo) que o único animal que pratica sexo com motivações na esmagadora maioria das vezes não procriativas é o humano. Por esse motivo, somos olhados com desconfiança pelos nossos gatos e cães, galinhas, porcos e coelhada, obviamente perplexos com a capacidade humana de se meter em sarilhos e chatices mais do que é estritamente necessário para poder comer, beber, dormir e continuar a espécie.
Este facto conduz-nos directamente ao tema central deste estudo científico que é, como o próprio título indica, a habilidade única de, com motivações várias e utilizando técnicas também elas variadas, conseguir disfarçar totalmente o sentimento de “seca” durante a prática sexual.
Ao contrário do que também é comummente aceite entre a populaça, esta capacidade de fingimento não é atributo apenas das fêmeas, embora nestas se manifeste como uma verdadeira forma de arte. A seguir iremos classificar as diferentes formas de simulação de vontade consoante o sujeito, a motivação e a técnica utilizada.
NAS FÊMEAS:
As técnicas mais utilizadas: Vantagens e inconvenientes.
1. A gritaria. Na maioria das vezes, de eficácia bastante satisfatória e por isso mesmo bastante utilizada. Trata-se uma técnica em que se confunde o cérebro do adversário ao ponto deste pensar que, porra, é tão bom que nem ele próprio sabia quanto. Os grandes inconvenientes deste método residem no risco bastante elevado de um abaixo-assinado do condomínio, de ficar conhecida no prédio por alcunhas pouco dignificantes ou de acordar as crianças.
2. A conversa de chacha. Menos utilizado pois exige a posse de um vocabulário mais alargado do que a média. Trata-se basicamente de um método de persuasão que consiste em convencer a vítima através de palavras bem seleccionadas como “és o maior” ou outras baboseiras do género. O grande inconveniente reside na incompatibilidade com um raciocínio útil como por exemplo “o que vou vestir amanhã” ou “como vou convencer este gajo a lavar a loiça que ficou de hoje”.
3. A respiração ofegante. Tem a vantagem de não acordar a vizinhança nem os miúdos mas pode, se usado em exagero, ser confundido com um ataque cardio-vascular, o que não é bom.
As motivações:
A fêmea finge com diversas motivações, sendo a mais comum o “desengoma-te” ou “vê se acabas depressa com isso”. O fingimento resulta quase sempre nestas situações pois provoca no adversário a sensação de consciência tranquila.
A segunda grande motivação das fêmeas é o desejo de ser normal. A culpa desta merda é da porcaria das revistas femininas tipo Maria e outras que, embora nunca tendo inventado um termo para designar uma mulher que não goste de bifes mal passados, que não saiba jogar poker ou que não consiga aprender árabe, inventou um para as mulheres que não são apreciadoras de sexo: frígida. Este termo, ao longo dos anos, acabou por se tornar um insulto maior do que “dealer de droga” ou “falsificadora de dinheiro”, pelo que se tornam compreensíveis as tentativas feitas para escapar ao rótulo.
Ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, a motivação da fêmea raramente é a de obtenção de bens materiais, uma vez que para isso basta dizer “serve-te”.
NOS MACHOS:
As técnicas mais utilizadas: Vantagens e inconvenientes.
Os machos, mais básicos em quase todas as suas reacções, utilizam apenas uma técnica: A do “sou muita macho e como tudo o que me aparece à frente”, embora se saiba de fonte segura que, muitas vezes, lhes apetecesse mais estar a comer uma fatia de chocolate do que a levar com a vizinha da frente que lhe fez “olhinhos”.
As motivações:
A motivação dos machos também é apenas uma: Que os amigos, vizinhos e conhecidos não lhe chamem maricas, epíteto quiçá pior do que “frígida” para as fêmeas, que leva toda a gente a pensar que, por esse motivo, ele é incapaz de coisas que não têm nada a ver como apertar os atacadores sozinho, aprender matemática ou ter uma actividade profissional.
Quanto a este tema ficamos por aqui aguardando as achegas dos leitores ávidos de conhecimento científico. Para a próxima, dedicar-nos-emos a outro fascinante tema.
Este facto conduz-nos directamente ao tema central deste estudo científico que é, como o próprio título indica, a habilidade única de, com motivações várias e utilizando técnicas também elas variadas, conseguir disfarçar totalmente o sentimento de “seca” durante a prática sexual.
Ao contrário do que também é comummente aceite entre a populaça, esta capacidade de fingimento não é atributo apenas das fêmeas, embora nestas se manifeste como uma verdadeira forma de arte. A seguir iremos classificar as diferentes formas de simulação de vontade consoante o sujeito, a motivação e a técnica utilizada.
NAS FÊMEAS:
As técnicas mais utilizadas: Vantagens e inconvenientes.
1. A gritaria. Na maioria das vezes, de eficácia bastante satisfatória e por isso mesmo bastante utilizada. Trata-se uma técnica em que se confunde o cérebro do adversário ao ponto deste pensar que, porra, é tão bom que nem ele próprio sabia quanto. Os grandes inconvenientes deste método residem no risco bastante elevado de um abaixo-assinado do condomínio, de ficar conhecida no prédio por alcunhas pouco dignificantes ou de acordar as crianças.
2. A conversa de chacha. Menos utilizado pois exige a posse de um vocabulário mais alargado do que a média. Trata-se basicamente de um método de persuasão que consiste em convencer a vítima através de palavras bem seleccionadas como “és o maior” ou outras baboseiras do género. O grande inconveniente reside na incompatibilidade com um raciocínio útil como por exemplo “o que vou vestir amanhã” ou “como vou convencer este gajo a lavar a loiça que ficou de hoje”.
3. A respiração ofegante. Tem a vantagem de não acordar a vizinhança nem os miúdos mas pode, se usado em exagero, ser confundido com um ataque cardio-vascular, o que não é bom.
As motivações:
A fêmea finge com diversas motivações, sendo a mais comum o “desengoma-te” ou “vê se acabas depressa com isso”. O fingimento resulta quase sempre nestas situações pois provoca no adversário a sensação de consciência tranquila.
A segunda grande motivação das fêmeas é o desejo de ser normal. A culpa desta merda é da porcaria das revistas femininas tipo Maria e outras que, embora nunca tendo inventado um termo para designar uma mulher que não goste de bifes mal passados, que não saiba jogar poker ou que não consiga aprender árabe, inventou um para as mulheres que não são apreciadoras de sexo: frígida. Este termo, ao longo dos anos, acabou por se tornar um insulto maior do que “dealer de droga” ou “falsificadora de dinheiro”, pelo que se tornam compreensíveis as tentativas feitas para escapar ao rótulo.
Ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, a motivação da fêmea raramente é a de obtenção de bens materiais, uma vez que para isso basta dizer “serve-te”.
NOS MACHOS:
As técnicas mais utilizadas: Vantagens e inconvenientes.
Os machos, mais básicos em quase todas as suas reacções, utilizam apenas uma técnica: A do “sou muita macho e como tudo o que me aparece à frente”, embora se saiba de fonte segura que, muitas vezes, lhes apetecesse mais estar a comer uma fatia de chocolate do que a levar com a vizinha da frente que lhe fez “olhinhos”.
As motivações:
A motivação dos machos também é apenas uma: Que os amigos, vizinhos e conhecidos não lhe chamem maricas, epíteto quiçá pior do que “frígida” para as fêmeas, que leva toda a gente a pensar que, por esse motivo, ele é incapaz de coisas que não têm nada a ver como apertar os atacadores sozinho, aprender matemática ou ter uma actividade profissional.
Quanto a este tema ficamos por aqui aguardando as achegas dos leitores ávidos de conhecimento científico. Para a próxima, dedicar-nos-emos a outro fascinante tema.
Agradecemos a Fausta a inspiração para este estudo.
Olá queridos, hoje a minha crónica é sobre música. É uma novidade porque nunca me tinha dedicado a este tema… que eu me lembre.
UM: O Festival da canção esteve bem, esteve sim senhora. Foi rapidinho. Pelo menos, logo que aquilo começou eu mudei de canal (ainda tive tempo de ver o Jorge Gabriel com uma gravata dos ciganos, depois varreu-se), a seguir jantei, tomei um cafezito, dei uma voltinha pelos blogues e pimba, quando voltei à RTP1 já estava a dar a canção vencedora que, faça-se justiça, de todas as que eu ouvi foi a melhor. A cachopa tem um ar enjoadito, é pindérica, baixota, tem nome de sapatito fora de moda desde os anos 80 e deve ter dado uma trabalheira monumental arranjar um wonderbra insuflável número 32 que conseguisse dar algum relevo àquilo que não tem, coitadinha. Além disso canta muito mal, mas isso não interessa nada. Foi de certezinha absoluta a melhor queca que por lá apareceu e isso eu não discuto porque não estava lá para ver e toda a gente sabe que muitas vezes, é das mais pelintras que saem as maiores surpresas a esse nível. Isto falando de mulheres, claro, porque os homens topam-se logo. Um enjoado raramente é uma trancada que valha a pena. Um arrogante de merda, isso então nem se fala. O melhor é esquecer. O que nos leva directamente para o ponto…
DOIS deste post: Ontem mesmo tive a oportunidade rara de ver uma entrevista da Bárbara Guimarães (valeu-me não me lembrar assim de repente onde tinha posto o comando da televisão) e garanto-vos, queridos clientes, que não me arrependi, pois tive algumas das revelações mais fantásticas da minha até agora curta vida. Pois não é que um chavalo que canta e toca umas músicas iguaizinhas às do Chico Buarque de há trinta e cinco anos mas com uma voz 50 vezes pior conseguiu gravar um disco com aquilo, fazer o lançamento na FNAC e ser entrevistado em horário nobre num programa que, pronto, toda a gente sabe que é mentira, mas é tomado oficialmente como um programa cultural? É que eu juro que pensava que os tipos que têm uma guitarra lá em casa oferecida pela avó no Natal, o mais que fazem é tocar umas músicas para os amigos, que mesmo assim só aguentam aquela merda quando já estão todos com os copos e a dormir cada um para seu lado. Também não sabia que as editoras aceitam gravar esterco deste sabendo que os únicos discos que vão vender são um à mãe do gajo, outro à madrinha e mais os que ele próprio conseguir comprar enquanto lhe durar a mesada. Agora… a melhor parte disto tudo é o marmanjo ter um blogue onde bate punhetas consecutivas a fazer… o tributo à sua própria obra. E se não acreditam, tomem lá.
Fiquem bem, tenham uma semana curtinha e fiquem com uma grande beijoca da vossa
Rosarinho
UM: O Festival da canção esteve bem, esteve sim senhora. Foi rapidinho. Pelo menos, logo que aquilo começou eu mudei de canal (ainda tive tempo de ver o Jorge Gabriel com uma gravata dos ciganos, depois varreu-se), a seguir jantei, tomei um cafezito, dei uma voltinha pelos blogues e pimba, quando voltei à RTP1 já estava a dar a canção vencedora que, faça-se justiça, de todas as que eu ouvi foi a melhor. A cachopa tem um ar enjoadito, é pindérica, baixota, tem nome de sapatito fora de moda desde os anos 80 e deve ter dado uma trabalheira monumental arranjar um wonderbra insuflável número 32 que conseguisse dar algum relevo àquilo que não tem, coitadinha. Além disso canta muito mal, mas isso não interessa nada. Foi de certezinha absoluta a melhor queca que por lá apareceu e isso eu não discuto porque não estava lá para ver e toda a gente sabe que muitas vezes, é das mais pelintras que saem as maiores surpresas a esse nível. Isto falando de mulheres, claro, porque os homens topam-se logo. Um enjoado raramente é uma trancada que valha a pena. Um arrogante de merda, isso então nem se fala. O melhor é esquecer. O que nos leva directamente para o ponto…
DOIS deste post: Ontem mesmo tive a oportunidade rara de ver uma entrevista da Bárbara Guimarães (valeu-me não me lembrar assim de repente onde tinha posto o comando da televisão) e garanto-vos, queridos clientes, que não me arrependi, pois tive algumas das revelações mais fantásticas da minha até agora curta vida. Pois não é que um chavalo que canta e toca umas músicas iguaizinhas às do Chico Buarque de há trinta e cinco anos mas com uma voz 50 vezes pior conseguiu gravar um disco com aquilo, fazer o lançamento na FNAC e ser entrevistado em horário nobre num programa que, pronto, toda a gente sabe que é mentira, mas é tomado oficialmente como um programa cultural? É que eu juro que pensava que os tipos que têm uma guitarra lá em casa oferecida pela avó no Natal, o mais que fazem é tocar umas músicas para os amigos, que mesmo assim só aguentam aquela merda quando já estão todos com os copos e a dormir cada um para seu lado. Também não sabia que as editoras aceitam gravar esterco deste sabendo que os únicos discos que vão vender são um à mãe do gajo, outro à madrinha e mais os que ele próprio conseguir comprar enquanto lhe durar a mesada. Agora… a melhor parte disto tudo é o marmanjo ter um blogue onde bate punhetas consecutivas a fazer… o tributo à sua própria obra. E se não acreditam, tomem lá.
Fiquem bem, tenham uma semana curtinha e fiquem com uma grande beijoca da vossa
Rosarinho
3/08/2007
3/07/2007
Pelo lado feminino da família, sou descendente de gente do mar. Já nasci longe das ondas, dos barcos, dos arrais, da venda do peixe, na fase urbana. A pobreza e o sacrifício há muito exorcizados.
Mas sempre soube que tinha vindo do atlântico porque isso estava gravado nos corpos das mulheres e reacendia em intervalos regulares.
Muitas vezes, mesmo em tenra idade, assisti a aparições de espíritos que vinham para mostrar que as mortes do mar não queriam ficar esquecidas.
Eram tratados familiarmente e com nomes. Hoje veio o tio-avô X, o avô do avô de Y.
Já só conheci uma dessas mulheres-veículos da memória, talvez a última. Era ela que servia de ponte entre nós e os antepassados ancestrais. Que alterava a voz e as feições e as atitudes para que eles mostrassem as vidas e as mortes no mar que se recusavam a ficar anónimas.
Habituei-me desde sempre a conviver com isso, tranquilamente. Mais tarde, discretamente e com o distanciamento adequado. Porque já sou da fase urbana.
Hoje é o dia da Mulher. Mas não tem nada a ver.
Mas sempre soube que tinha vindo do atlântico porque isso estava gravado nos corpos das mulheres e reacendia em intervalos regulares.
Muitas vezes, mesmo em tenra idade, assisti a aparições de espíritos que vinham para mostrar que as mortes do mar não queriam ficar esquecidas.
Eram tratados familiarmente e com nomes. Hoje veio o tio-avô X, o avô do avô de Y.
Já só conheci uma dessas mulheres-veículos da memória, talvez a última. Era ela que servia de ponte entre nós e os antepassados ancestrais. Que alterava a voz e as feições e as atitudes para que eles mostrassem as vidas e as mortes no mar que se recusavam a ficar anónimas.
Habituei-me desde sempre a conviver com isso, tranquilamente. Mais tarde, discretamente e com o distanciamento adequado. Porque já sou da fase urbana.
Hoje é o dia da Mulher. Mas não tem nada a ver.
3/06/2007
RTP - MEIO SÉCULO... XIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
Quando chegávamos da escola ainda tínhamos que esperar cerca de meia hora a quarenta e cinco minutos. A emissão abria com estas imagens e já todas as criaturas com menos de 10 anos residentes em território nacional se tinham acomodado no sofá, ansiosas por aproveitar cada segundo dos únicos momentos de emissão diária que lhes eram dedicados, geralmente Duffy Duck, Mr. Magoo e mais um coelho gago de que não recordo o nome. Ah! E Speedy Gonzalez.
O resto da noite incluía notícias de chafarizes a serem inaugurados pelo presidente do conselho ao som de, se a memória não me trai, Elgar. As conversas em família. Mais uma longa-metragem inócua com Fred Astaire a bailar pela enésima vez. Por vezes variedades, que era o que se chamava a um desfile de cantores que não chegavam a ser da moda porque só os velhotes os aguentavam.
A emissão terminava por volta da meia-noite com o hino nacional e a versão cinzento-escuro cinzento-claro da bandeira nacional ao vento. Não sem antes ter aparecido uma menina penteada a ferros a desejar boa noite e até amanhã se Deus quiser.
Só havia um canal e durante o resto do dia a televisão permanecia muda, a servir de suporte a uma jarra de flores de plástico num paninho de renda.
Na escola, conversava-se no recreio sobre um parente emigrante de uma aluna que jurava a pés juntos, perante a incredulidade geral, que no estrangeiro a televisão era a cores e tinha vários programas ao mesmo tempo para se poder escolher.
Dedico este post a todos os clientes que nem se lembram do tempo em que as pessoas tinham que se levantar para mudar de canal.
3/05/2007
MAIS UM MOMENTO FASCINANTE
O futebol tem sido, para mim, fonte de muitas e extraordinárias surpresas, nas quais se inclui o mistério supremo do "fora de jogo", de que já falei aqui.
Ainda agorinha mesmo, alive and kicking e através de um debate na SIC Notícias em que quatro homens (essas criaturas não menos misteriosas) tratam o desporto em causa como algo acima de qualquer outra actividade humana e que vai conseguir sobreviver ao efeito estufa e ao degelo dos polos, descobri uma coisa nova:
Que os jogadores não podem tocar na bola com a mão, nem com o braço, tipo, nada que seja do ombro para baixo. Juro! Aquela merda parece que é pecado, ou crime, ou lá o que é. E quando eles pressentem a bola a dirigir-se fatalmente na direcção dos membros superiores entram em pânico e só não cortam os braços porque não dá tempo. E mais, parece que são penalizados por isso. É hilariante!!!
Vocês sabiam disto?!
Ainda agorinha mesmo, alive and kicking e através de um debate na SIC Notícias em que quatro homens (essas criaturas não menos misteriosas) tratam o desporto em causa como algo acima de qualquer outra actividade humana e que vai conseguir sobreviver ao efeito estufa e ao degelo dos polos, descobri uma coisa nova:
Que os jogadores não podem tocar na bola com a mão, nem com o braço, tipo, nada que seja do ombro para baixo. Juro! Aquela merda parece que é pecado, ou crime, ou lá o que é. E quando eles pressentem a bola a dirigir-se fatalmente na direcção dos membros superiores entram em pânico e só não cortam os braços porque não dá tempo. E mais, parece que são penalizados por isso. É hilariante!!!
Vocês sabiam disto?!
Olá meus queridos.
Devem estar lembrados que na semana passada lançei um repto à maralha: Arranjar uma solução para conseguir vender o Estádio Municipal de Aveiro.
De facto, os clientes foram uns queridos, até à meia-noite do dia que acabou de acabar tivemos 15 respostas, o que dada a dificuldade do desafio é um óptimo resultado. Tal como tinha prometido, escolhi um vencedor que já vou revelar. No entanto, atribuí também algumas menções honrosas. Vamos começar por elas.
MENÇÃO HONROSA N.º 1: Atribuída em ex aequo aos clientes Bagaço Amarelo e Corto Maltese. Ambos tiveram a ideia de passar o prejuízo para a beatagem, o que é de louvar, com a vantagem de, no caso do Bagaço, se salvar o Teatro Aveirense (embora não haja garantia que com esta medida fique a salvo do histérico La Féria). Para a sugestão do Corto Maltese, apenas um reparo. Meu amigo, as aparições hoje em dia já não estão a dar nadinha, acredite. Tirando aquelas a que o decurso do tempo atribuiu credibilidade como Fátima e o salvador da pátria Marquês de Pombal, é truque que já não pega. De qualquer modo não tem mal porque o problema era deles e também eu não sei se queria muito que Aveiro ficasse com essa fama, já nos basta o Paulo Portas, que continua a ter aqui cerca de catorze dos vinte e sete fãs que mantém a nível nacional.
MENÇÃO HONROSA N.º 2: Atribuída a Marta. Umas tasquinhas com esplanada no relvado é porreiro. E a relva sempre encobre melhor os guardanapos gordurosos e os ossinhos de frango que a malta atira para trás das costas. Gostei!
MENÇÃO HONROSA N.º 3: Atribuída ao Barão d’Holbster como o autor da ideia mais javarda. O pessoal a esponjar-se todo em ovos moles e a fazer xixi sem sequer ter tomado banho, olha lá! Aveiro ficava mais famosa do que aquela terreola espanhola onde fazem uma festa com tomates. Nem mais!
MENÇÃO HONROSA N.º 4: Atribuída a Robina por ser a mais séria. Sim. Também eu concordo que devemos incentivar o investimento privado para fazer crescer a economia. E mais, por ficar com a batata quente na mão, o Sr. Marabuto devia ficar isento de impostos. Além do que acho que também funcionava para arrumar de vez com o turismo da Holanda que se mudava para cá. E ainda, com os fluidos que iam começar a pairar no ar, a malta passava a andar muito mais bem-disposta!
E agora, finalmente, o grande vencedor… é o RPS! Com a sugestão: “É raro, eu sei, mas discordo, Rosarinho. O estádio serve para o beira jogar - há que fazer é um grande Beira!” Fiquei ultra-sensibilizada com esta declaração. Juro! Até dormi mal de anteontem para ontem, tal a emoção! Ainda o hei-de ver vestido só com um cachecolinho do Beira-Mar, tal como eu nesta fotografia tirada no dia em que o meu tio Francisco, com uma grande carraspana, me foi inscrever como sócia do clube! O prometido é devido!
Fiquem como sempre com uma beijoca sonora da
Rosarinho
Devem estar lembrados que na semana passada lançei um repto à maralha: Arranjar uma solução para conseguir vender o Estádio Municipal de Aveiro.
De facto, os clientes foram uns queridos, até à meia-noite do dia que acabou de acabar tivemos 15 respostas, o que dada a dificuldade do desafio é um óptimo resultado. Tal como tinha prometido, escolhi um vencedor que já vou revelar. No entanto, atribuí também algumas menções honrosas. Vamos começar por elas.
MENÇÃO HONROSA N.º 1: Atribuída em ex aequo aos clientes Bagaço Amarelo e Corto Maltese. Ambos tiveram a ideia de passar o prejuízo para a beatagem, o que é de louvar, com a vantagem de, no caso do Bagaço, se salvar o Teatro Aveirense (embora não haja garantia que com esta medida fique a salvo do histérico La Féria). Para a sugestão do Corto Maltese, apenas um reparo. Meu amigo, as aparições hoje em dia já não estão a dar nadinha, acredite. Tirando aquelas a que o decurso do tempo atribuiu credibilidade como Fátima e o salvador da pátria Marquês de Pombal, é truque que já não pega. De qualquer modo não tem mal porque o problema era deles e também eu não sei se queria muito que Aveiro ficasse com essa fama, já nos basta o Paulo Portas, que continua a ter aqui cerca de catorze dos vinte e sete fãs que mantém a nível nacional.
MENÇÃO HONROSA N.º 2: Atribuída a Marta. Umas tasquinhas com esplanada no relvado é porreiro. E a relva sempre encobre melhor os guardanapos gordurosos e os ossinhos de frango que a malta atira para trás das costas. Gostei!
MENÇÃO HONROSA N.º 3: Atribuída ao Barão d’Holbster como o autor da ideia mais javarda. O pessoal a esponjar-se todo em ovos moles e a fazer xixi sem sequer ter tomado banho, olha lá! Aveiro ficava mais famosa do que aquela terreola espanhola onde fazem uma festa com tomates. Nem mais!
MENÇÃO HONROSA N.º 4: Atribuída a Robina por ser a mais séria. Sim. Também eu concordo que devemos incentivar o investimento privado para fazer crescer a economia. E mais, por ficar com a batata quente na mão, o Sr. Marabuto devia ficar isento de impostos. Além do que acho que também funcionava para arrumar de vez com o turismo da Holanda que se mudava para cá. E ainda, com os fluidos que iam começar a pairar no ar, a malta passava a andar muito mais bem-disposta!
E agora, finalmente, o grande vencedor… é o RPS! Com a sugestão: “É raro, eu sei, mas discordo, Rosarinho. O estádio serve para o beira jogar - há que fazer é um grande Beira!” Fiquei ultra-sensibilizada com esta declaração. Juro! Até dormi mal de anteontem para ontem, tal a emoção! Ainda o hei-de ver vestido só com um cachecolinho do Beira-Mar, tal como eu nesta fotografia tirada no dia em que o meu tio Francisco, com uma grande carraspana, me foi inscrever como sócia do clube! O prometido é devido!
Fiquem como sempre com uma beijoca sonora da
Rosarinho
3/04/2007
3/01/2007
E AGORA PARA ALGO COMPLETAMENTE INOFENSIVO
No tempo do Spectrum, objecto alienígena cuja definição imediata só está ao alcance do pessoal da minha idade ou mais, fui talvez a melhor jogadora de Chuckie Egg , senão do mundo pelo menos do meu prédio.
Ok, pronto, eu explico, o Spectrum era uma máquina infernal a que ao tempo se chamou micro-computador. Custava um balúrdio enquanto foi novidade, ligava-se à televisão e a um gravador de cassetes daqueles que funcionavam à pedrada e, antes de conseguir fazer fosse o que fosse com ele ficava-se pelo menos meia hora à espera de descarregar o programa desejado. Fazer cálculo, bases de dados ou processamento de texto com aquilo era mentira, menos trabalho tinham os monges copistas na idade média. Mas era uma excitação do carago ter um e eu também tive.
Já mais tarde, quando surgiu a SEGA (quem se lembra da sega?), tornei-me admiradora fiel do Klax realizando numa só jogada, milhões de pontos e uma dor de costas que rendia uma semana de emplastros e "nimedes".
Contem-me agora vocês, quais os jogos da vossa vida. E não tenham vergonha de se terem viciado num jogo, ninguém é perfeito.
No fim fazemos uma lista de jogos da clientela da padaria.
Ok, pronto, eu explico, o Spectrum era uma máquina infernal a que ao tempo se chamou micro-computador. Custava um balúrdio enquanto foi novidade, ligava-se à televisão e a um gravador de cassetes daqueles que funcionavam à pedrada e, antes de conseguir fazer fosse o que fosse com ele ficava-se pelo menos meia hora à espera de descarregar o programa desejado. Fazer cálculo, bases de dados ou processamento de texto com aquilo era mentira, menos trabalho tinham os monges copistas na idade média. Mas era uma excitação do carago ter um e eu também tive.
Já mais tarde, quando surgiu a SEGA (quem se lembra da sega?), tornei-me admiradora fiel do Klax realizando numa só jogada, milhões de pontos e uma dor de costas que rendia uma semana de emplastros e "nimedes".
Contem-me agora vocês, quais os jogos da vossa vida. E não tenham vergonha de se terem viciado num jogo, ninguém é perfeito.
No fim fazemos uma lista de jogos da clientela da padaria.
Subscrever:
Mensagens (Atom)