11/30/2006

POSTALINHO N.º 2

Esta ideia dos postalinhos de Natal foi porreira. Quando há assunto há, quando não há há na mesma.
O segundo postal é dedicado ao espírito festivo do Natal!

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Até amanhã.

GRANDE COLECÇÃO POSTALINHOS DE NATAL FARINHA AMPARO

Tal como fazem os jornais para aumentar as tiragens, também nós resolvemos criar a nossa própria colecção otário. A partir de hoje a até ao Natal vamos oferecer aos nossos clientes, completamente grátis, uma série de não sei quantos postalinhos que poderão enviar aos vossos amigos como se fossem uma criação vossa, imprimir e mandar à sogra, oferecer ao chefe e até pendurar na árvore de natal. Faremos todos os possíveis para que haja postais para todos os gostos e exigências.
Hoje mesmo, sai o primeiro da série. Não percam um único número, pois só assim poderão ter a colecção completa!

POSTALINHO n.º 1
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11/28/2006

ELE HÁ DIAS...


É verdade. Sua santidade o Papa Bento XVI, depois de ter sido presenteado com a promessa duma recepção à maneira na Turquia por parte daquele pessoal a quem ele tinha dedicado um belo discurso há uns tempos (não sei se estão lembrados), foi avisado de que o homem que há uns anos tentou assassinar o Papa João Paulo II já pediu uma dispensa na cadeia para poder ter um "particular" com ele.
Agora só falta vir um cão e mijar-lhe nas pernas.

11/27/2006

ENCOMENDA


Eu: Este fim-de-semana vou fazer umas compras. Queres que te traga alguma coisa?
A minha filha: Quero. Espera aí que já te explico!
(...)
A minha filha: Estás a ver estas duas bolsinhas? Se conseguires arranjar quero uma igual a esta. Não é esta! É esta! Mas tem que ser roxa. Não é lilás, é roxa! Também há bordeaux e há um roxo mais escuro, mas eu quero roxa normal.
Eu: Mas essas duas bolsas são exactamente iguais!
A minha filha: Iguais? Estás gozar comigo? Então não vês que esta tem uma risquinha cinzenta no fecho e esta não? A que eu quero é destas que não têm risquinha cinzenta no fecho! Ah! Mas tem que ser desta marca!
Eu: Então e se for igual mas não for dessa marca?
A minha filha: Nem pensar nisso é bom! Queres que eu seja gozada todos os dias até ao fim da minha vida?
Eu (em pensamento): Estou f*dida!...

11/26/2006

Olá meus queridos e queridas!
Espero que estejam todos benzinho de saúde. Caso não estejam vou começar por vos dar uma boa notícia: O próximo fim-de-semana é prolongado. Melhor ainda, os espanhóis não têm feriado, só nós é que temos. Fazem mal, claro, porque foi o dia em que se viram livres de terem que nos sustentar, quiçá para sempre. Mas eles é que sabem.
Bom, o meu tema de hoje é sério. Tem a ver com uma decisão que tomei depois de ver a sessão de autógrafos da Floribella aqui no Parque de Exposições e, na edição desta semana d’O Expresso (de onde aliás tirei a foto que ilustra a minha crónica de hoje) uma notícia sobre uma manifestação de estudantes contra as aulas de substituição: Vou laquear as trompas. Mais nada.
Primeiro: As dores de parto já ouvi dizer que são do piorio e não compensam a queca.
Segundo: Da epidural não quero nem ouvir falar. Espetar uma agulha nas costas, livra!... Que a espetem nas mãezinhas deles!
Terceiro: Não poder mudar de canal imediatamente assim que começo a ouvir cantar “Não valho nada mas tenho tudo tudo” por ter uma miúda histérica lá em casa a acompanhar a cantoria, também não faz parte dos meus planos.
Quarto e a pior de todas: Ter um filho adolescente, já com bigode ou mamas tamanho 38 (conforme o caso), ou seja, com bom corpinho para trabalhar, e de repente vê-lo com o retrato chapado num jornal a segurar um cartaz com os dizeres “A ministra anda a beber licor Beirão e nós é que temos aulas de substituição”, isso sim, seria demais para mim! Porque enfim, eu posso ser uma empregada de padaria com o 9.º ano, mas sei que escrever palermices sem jeito nenhum e pô-las a rimar em “ar” ou em “ão”, é mais primário do que desenhar mamutes nas cavernas e NÃO TEM PIADA! Sei também que utilizar argumentos sem ponta por onde se lhes pegue, do tipo “Os professores quando faltam têm um substituto. E a nós, alunos, quem nos substitui quando não vamos às aulas?”, tira-nos a razão todinha que possamos ter e faz-nos passar vergonhas! Aliás, arriscaria até contrapor que, se o marmanjo que disse isto, de cada vez que se deixa ficar a roncar em casa, fosse substituído por um cagalhão, não só ninguém dava por ela como até talvez melhorasse o ambiente na escola!
Olha eu!...

Bem, queridos clientes, já partilhei convosco esta minha grande decisão, por isso, até para a semana.
Fiquem com uma beijoca da vossa Rosarinho!

11/24/2006

O DESFAZER DE UM MITO

Embora as mulheres tenham fama de perder a cabeça pelos "trapinhos", está provado que é mentira. Os homens são muito piores.

Há uns anitos, quando eu perdia tempo a ir a chats, lembro-me que quando se começava a falar com um homem na net, uma das primeiras perguntas que ele fazia era logo:
- O que é que tens vestido?



Também nunca cheguei a perceber muito bem o que é que ele queriam dizer com "Vamos fazer sexo pelo telefone"...

11/22/2006

NATIONAL GEOGRAPHIC - EPISODE EIGHT - O UTENTE



Já aqui apresentámos um completíssimo estudo sobre a espécie "funcionário público". Hoje, debruçar-nos-emos sobre o gajo que está do outro lado do guichet e que, não raras vezes, não é melhor que ele: O Utente. Veremos igualmente as sub-categorias em que este espécime se divide.

DEFINIÇÃO:
O utente dos serviços públicos é uma espécie híbrida, i.e., assume uma forma específica quando se encontra em presença do funcionário público que o atende (adiante designado por fp), forma essa diferente da que se reveste no dia-a-dia. Há no entanto estudiosos que asseguram que é perante o fp que o utente revela o seu verdadeiros eu.

SUB-CATEGORIAS:
O utente divide-se em quatro principais sub-categorias, a saber,

O APAVORADO - É a presa ideal do fp que acumula com fdp. Mostra-se inseguro, nervoso, e pede desculpas de 10 em 10 segundos. Desculpa por se ter sentado, por ter demorado mais do que 1 nano-segundo a comparecer à chamada do seu tiquet e por vir mal vestido para a ocasião. Pede até desculpa quando o fp o adverte que na quadrícula "preferências sexuais" era para pôr o número do BI e que só um estúpido chapado não percebe a lógica e a simplicidade daqueles formulários.

O SIMPLEX - É fã do ministro Sócrates e tem em casa o DVD dos Gato Fedorento com aquele sketch que ficou famoso pelo "Papel? Qual papel". Acha que o simples facto de o fp lhe perguntar ao que vem é um excesso incompreesível de burocracia e que este deveria estar munido de uma varinha mágica que permitisse adivinhar o que quer e fizesse aparecer o serviço feito instantaneamente. Por coincidência, também o fp gostaria nesses momentos de ter a tal varinha mágica, embora de formato "poste de electricidade" para o mandar enfiá-la pelo cu acima.

O PERDIDO - Nunca sabe o quer nem quer saber. Aparece com um saco plástico do Carrefour e diz a única frase que conhece para este contexto: "Tenho aqui a papelada toda". Depois, despeja o saco em cima da secretária do fp e no seu conteúdo consta habitualmente os santinhos da primeira comunhão, as cartas do filho que trabalha como trolha na Alemanha, o BI caducado há uns 23 anos, as contas do super-mercado, o romance "Guerra e Paz" em 10 volumes e o diploma da quarta classe. Não obstante, o perdido sai dos serviços a resmungar que "aqueles incompetentes não resolvem nada".

O MELGA - Um gajo já sobejamente conhecido dos vizinhos e família, que aproveita a disponibilidade involuntária do fp para dar azo à sua vocação para a conversa de merda. Esta sub-categoria identifia-se facilmente por um sintoma: Logo que o fp lhe pergunta o que deseja, ajeita-se na cadeira, diz a frase "Então é assim" e prepara-se para relatar a história de vida dele e de todos os seus conhecidos. Nesta fase já não há nada a fazer e é preferível pensar nas férias do ano que vem e aceitar a fatalidade.

E são basicamente estas as características fundamentais do utente. Numa próxima oportunidade, estudaremos outra espécie.

11/21/2006

OS HOMENS, AS PUTAS E A MINHA ETERNA INGENUIDADE

Um dos grandes mistérios insondáveis para mim, pior do que a origem da vida ou o sentido da vida ou o raio que a parta, foi sempre saber por que diabo os homens conseguem ir às putas.
A sério.
Eu até consigo perceber que eles pensem que elas conseguem fazer números especiais que as outras não fazem (totós), porque as "santas que são as mães dos filhos estão reservadas para a santidade do lar" (totós outra vez).
Eu até consigo perceber que o motivo seja a ausência total de preocupação com o outro, tipo paga-se um serviço, tem-se um serviço, como comprar um a picadora ou um plasma e a picadora e o plasma não têm que estar satisfeitos com o facto de picarem carne ou transmitirem o Rambo. Eu percebo que seja complicado para eles que de repente tenham aparecido umas chatas a dizer que afinal também gostam "daquilo" e eles coitados já não podem demorar só 38 segundos e vêem-se gregos a concentrar-se na imagem da sogra e do chefe para conseguirem aguentar-se três minutos e então que se lixe, mais vale uma que está a ser paga e não vem chatear porque teve que simular orgasmo.
O que eu não percebo, nem nos homens em particular nem em ninguém em geral, é a ausência total de amor próprio. É como é que se consegue ter intimidade com alguém (e a intimidade, porra, não me lixem, não é uma porcaria qualquer, é uma cena importante na nossa vida) que está a ser pago patra isso e muito provavelmente a levar uma seca de todo o tamanho.
Porque as mulheres não têm esta falta de amor próprio. Eu só conheci uma mulher na vida que pagava a homens para ter sexo. E era uma mulher destruída que já nada esperava do lixo da vida que tinha. Que quem lhe pagava os brasileiros novinhos era o ex-marido rico por quem ela continuava profundamente apaixonada e que lhe tinha dado com os pés e lhe pagava tudo para ela o deixar em paz.
Homens que pagam sexo, já conheci dezenas. Alegremente, como quem paga a conta no restaurante ou no supermercado. Sem que em qualquer momento das suas vidas se questionem sobre o facto de não conseguirem ser realmente queridos por alguém.
Ou será (e isto é ainda mais grave) que eles pensam que as putas com quem vão, não estão de facto a levar uma seca descomunal e a pensar "rais parta o gajo que não se desengoma"?
Xiii!!!

OBVIAMENTE SEM ASSUNTO


Sou contra a comida prensada. Acho que se devia implementar um programa a nível nacional para acabar com a comida prensada. Perde-se tempo a falar das novas regras para a banca, da despenalização do aborto, do orçamento e de outras coisas do género, e toda a gente parece esquecer o grave problema da comida prensada.
Quem vai a um café e pede que lhe atropelem o croissant, o folhado ou a sandes antes de o/a servirem, está a contribuir para a depressão nacional e para a consequente falta de produtividade.
E eu tenho provas do que estou a dizer. As pessoas que comem comida prensada são a causa da depressão colectiva e para a falta de produtividade.
Ainda na semana passada uma colega minha acabou de comer um lanche misto prensado e logo a seguir disse que ia contar uma anedota. Taraaaaaammmmmm, o pessoal todo à espera duma anedota de jeito, nem era preciso ser daquelas porcas que façam corar um trabalhador da construção civil, não, bastava uma anedota decente. E saiu isto:

O Zequinha chegou à escola e perguntou à professora:
-Professora, é verdade que quem confessa a verdade não merece castigo?
-É, Zequinha!
-Então, professora, eu não fiz os trabalhos de casa.

Resultado: Dez gajos e gajas com cara de cu à espera que alguém se risse por favor para salvar a situação e ninguém se chegou à frente.
Pergunta. Alguém acaba com esta calamidade?

11/20/2006

Olá amores!
Estive a ver há bocado a grande reportagem na SIC e descobri a solução para a minha vida: Vou-me inscrever nos BDSM.
Pelo que eu percebi aquela cena funciona assim mais ou menos como no futebol. Há quatro posições em que se pode jogar: As submissas, as dominadoras, os submissos e os dominadores. Os de fora são (não consegui perceber esta parte) baunilhas.
Eu, que não sou parva, vou-me inscrever como dominadora. E não, não quero um palerma a lamber-me os sapatos nem amarrado ao meu psiché. Se quisesse essa merda já tinha ficado com o estúpido do cão lulu da minha Tia Dores, que passa a vida a oferecer-mo porque parece que não conseguiu treiná-lo para o que ela queria. O que eu quero é fazer como aquela assistente social que lá apareceu e que manda o submisso dela às compras e limpar-lhe a casa. É de graça e as empregadas hoje em dia, além de estarem pela hora da morte nem uma porcaria duma janela sabem limpar como deve ser.
Assim, dou uma alegria a um desgraçado (parece que os gajos curtem) e resolvo o problema de ter loiça do pequeno-almoço a acumular na pia há pelo menos uma semana. Não é que eu seja preguiçosa, mas aquilo, pronto, dá-me na fraqueza, o que é que eu hei-de fazer?
E já agora, não vou querer um submisso qualquer, vou querer um com formação. Ignorantes não são cá admitidos. Pelo que vi na reportagem, parece que há nesta brincadeira muitos advogados. Ok, preferia um médico ou um canalizador de categoria, mas advogado também pode ser. A gente nunca sabe quando é que não vai precisar dum gajo desses, isto hoje em dia é só aldrabões.
Claro que tornar-me dominadora não é só vantagens. Vou ter que investir numas roupinhas tipo Ruth Marlene que ainda nem sei como é que vou conseguir usar aquilo, não sei se estão a ver, tipo umas botas da Berska na altura dos saldos e uns corpetezinhos do chinês. Além disso, também vou ter que arranjar um nick saloio tipo Miss Pain In The Ass, porque acho que Rosarinho não convence ninguém que, de facto, vou ficar para aqui toda húmida por ter um escravo. Mas isto é como tudo não é? No pain, no gain.

Fiquem bem queridos. Tenham uma boa semana e, se conhecerem algum trouxa que saiba passar a ferro e queira ser meu submisso, apitem.

Beijocas da Rosarinho.

11/17/2006

DO QUE É QUE NOS PODEMOS ORGULHAR?


Dizia-me hoje alguém que "ser mulher é um orgulho". Não me parece que seja. Enfim, também não é uma vergonha. Digamos que é uma condição que tem a ver com o acaso, como ser homem, cão, ornitorrinco, uma cadeira, uma couve-lombarda ou uma abelha assassina.
Os complexos de inferioridade criam e alimentam estes conceitos absurdos. Orgulho de ser mulher, orgulho de ser português, orgulho negro, orgulho gay... bah
Ainda se me disserem que é um orgulho não ter celulite no rabo com mais de 40 anos de idade! Mas mesmo isso não é propriamente um orgulho, é uma sorte, quanto muito.

11/16/2006

OS GRANDES PASSADORES DE SECA DA HUMANIDADE


Santana Lopes voltou à carga com um livro onde volta a contar a história do bebé que está no berço e vem o Paulo Portas e dá-lhe uma mocada, e vem o Cavaco Silva e dá-lhe uma mocada, e ninguém o deixa crescer e desenvolver-se como um bebé feliz e mais este e mais aquele.
Há gajos que passam a vida com a mesma conversa, está-lhes no sangue. Eu tive um tio que era assim. De todas as vezes que íamos lá a casa tínhamos que levar com a história de quando tinha sido preso pela Pide e depois ia buscar o cartão do PCP e obrigava toda a gente a vê-lo pela enésima vez e contava as vezes todas em que já tinha mostrado o cartão a alguém... aí o pessoal começava a disfarçar, a trocar olhares e a revirar os olhos, a falar no tempo, se ia chover ou fazer sol, a chegar-se para o lado discretamente, a fazer desenhos imaginários no chão com a ponta do pé, um tinha que ir fazer xixi e outro ia fumar um cigarrito à varanda...até desaparecerem todos.
Eh pá é que estes gajos são uma seca, não há quem aguente levar com eles!

VASCULHÁMOS O LOBO TEMPORAL DOS CLIENTES

Encontrámos canções. Canções de futuros fãs,

mas também canções envergonhadas.

Canções que cantavam as mães, persistentes, que ficam a ecoar pela vida fora. Sim, é uma comoção! ;)
Encontrámos canções perdidas. Canções perigosas.

A Rafaela Carrá e a Madalena Iglésias.

Encontrámos objectos de criança: Um chorão, o Mundo de Aventuras e o Cavaleiro Andante.

Encontrámos de tudo, até mesmo a desconfiança das memórias.
Um sapato voador e um tio impulsivo, a persistência de um cheiro a mel empastado,

um cão galego com ares de gente, dois meninos, duas alianças, um casamento e uma cena de pugilato, não só no casamento mas também no PagaPouco, por um autógrafo.
A insónia de ver um homem na lua fora de horas e o Colégio dos Órfãos a arder…

11/14/2006

MEMÓRIAS ANTIGAS

Acho que a minha memória mais antiga é estar em frente ao espelho do guarda-vestidos a cantar isto , muito compenetrada do meu papel, e toda a gente à volta se começar a rir.
Acho que me lembro disto, não devido à qualidade do tema musical em causa, mas sim por não ter compreendido a razão por que todos se riam.
Só muito mais tarde percebi que é de facto hilariante uma fedelha de três anos decorar a letra duma canção sobre um rapaz tímido apaixonado por uma cachopa extrovertida.

E vocês? Já pensaram nisso alguma vez? Qual é a vossa memória mais antiga?
Ganha quem se lembrar de ter nascido. Mas tem que provar que se lembra mesmo!
Vidas passadas não vale.

PS: Para o caso de me cortarem o link para a música (ele há gente gananciosa como o caraças), podem copiar o endereço directamente para o browser. Ei-lo: http://www.anos60.com/portugal/eleela.htm

11/13/2006

EM TEMPOS QUE JÁ LÁ VÃO...

... quando fiz o meu curso de professorinha, lembro-me de ter lido uma teoria dum pedagogo qualquer que defendia que a melhor cor para corrigir um teste era o castanho.
Na altura não percebi a lógica e passei à frente, mas agora acho que já entendi.

É a maneira mais subtil de dizer ao aluno:
-Olha 'migo... o teu teste... está uma boa merda!...

11/12/2006


Olá queriduchos! Como estão desde a semana passada? Olhem, eu cá estou parva como sempre, ou seja, a minha alma está parva! Mas isto devo ser eu que sou uma rapariga sensível demais e depois é no que dá. Se eu fosse como a minha colega Carminho, que tendo uma TV 7 Dias para ler e um marmanjo para lhe dizer que tem um cu espantoso (é só celulite mas pronto), não precisa de mais nada. Agora eu, que passo a vida a tentar entender o que se passa à minha volta, tipo na política e tal, e depois nunca consigo porque isto há merdas que não têm explicação, perco anos de vida à vista dela. É para aprender.

Vejam por exemplo...

...há dias, vi na televisão aquele senhor da Nova Democracia a fazer um comunicado. Vai ele vira-se para as câmaras com a maior cara de pau e diz que tem uma cena bué da importante para comunicar. Eu, claro, que me pelo por saber novidades importantes, pus-me logo à coca. Até parei de fazer e depilação às virilhas (que era o que eu estava a fazer na altura) e depois esqueci-me de acabar, tanto que no outro dia tive que declinar um convite para jantar do maior "pão" cá do bairro. Uma chatice!
Mas como eu estava a contar, para aquele gajo vir dizer qualquer que tivesse interesse, o que é que podia ser? Que estava com uma praga de chatos que não conseguia curar? Que sofre de disfunção eréctil? Que tomou uns comprimidos para o reumático que lhe tinham feito crescer pelos no peito? Quando muito, podia dizer que tinha estado a contar as inscrições no partido até agora e, mesmo que aparecessem todos com a família não seriam mais que uns catorze, nem valia a pena alugar uma carrinha e pronto, tinha decidido acabar com aquilo e dedicar-se a beber umas cervejolas e dar uns arrotos. Pronto, isso já não seria bem bem uma novidade mas já era qualquer coisa.
Vai o tipo começa a deitar faladura e o que é que ele diz? Que o partido Nova Democracia é um partido de direita. Juro!

Isto ando tudo tolo, é o que é!

Olham, fiquem bem, tenham uma boa semana, e um beijinho para todos e também para o RPS!

Rosarinho :)

11/10/2006

A PADARIA FAZ TRÊS ANOS

E os clientes fazem a festa.

Oferta de Luz, que agradecemos do coração.

Três anos não é nada má idade para um estabelecimento deste género. Requer muita persistência nos dias em que não há pachorra, em que não há disposição, ou simplesmente tem que se ajavardar qualquer coisa para manter a baiuca aberta por absoluta falta de inspiração. Vocês sabem. “Mal acomparado”, eu diria que este blog está da idade da dona.
Por isso, não há dúvida que o que mantém esta padaria aberta são os clientes que vão tendo paciência para cá vir. Falar para o boneco é sempre chato. Obrigada a todos, mesmo a sério.
E agora que já despachei o discurso do gajo que faz anos e não quer pagar a conta, vamos às participações da minha querida clientela:

O RPS abriu logo a engraxar a parva da empregada e não meu caro, não era preciso a confissão, já tínhamos “mordido” quem era o anónimo. Diz ele que
“A primeira vez que entrei aqui, li um post da empregada. Senti logo um frémito. Confesso: deu-se-me logo um calor na virilha.
A patroa tem graça, mas a Rosarinho é "aquela coisa"... Há coisas que não escolhemos...”

Ficamos assim. Como é dia de festa, eu não fico chateada nem ciumenta, agora o meu amigo aguente-se porque ela, a tal, ficou de tal maneira que até se foi lavar por baixo. Nunca mais o larga!

A nossa antiga cliente (pré-blog-próprio), Inha, quer
“Bolinho! Bolinho! Bolinho!”
Pronto Inha, calma lá, aqui está ele. É uma receita criada especialmente pela Rosarinho e chama-se Bolo Padaria. Espero que gostes!

A Maria entrou por aqui dentro desorientada com umas experiências que anda a fazer a nível de software. De tal maneira que nem café tomou, nem uma natinha, nem uma torrada, nada. Esta rapariga vai longe!

A São diz que
“O Farinha Amparo é para mim como um coiso que se me dá e que me apanha esta zona toda, não sei se estás a ver...”
Olha São, cá para mim isso é o princípio do reumático. E já ouvi dizer que o que é bom para isso são uns cacetes, regularmente. Beijinho!

O nosso conterrâneo AVC foi o único a escolher o tema do hospício:
“Os hospícios e psiquiatrias são, em geral, lugares interessantes. Capturam-se vislumbres de outras realidades. Os loucos são pessoas que têm acesso a "comprimentos de onda" vedados aos "normais". Uma espécie de enfermaria do Miguel Bombarda, é a única imagem que que vem à cabeça em relação à Internet em geral.Esquizofrénicos, maníaco-depressivos, paranóicos, bi-polares, pertubações delirantes, ele há de tudo.E isso é muito bom, tenho dito.”
Ok AVC… isso será efeito do… ambiente? É que se for fico preocupada...
Um Abraço!

O Mfc acha que
Três anos?! Tou feito uma carcassa!!
Parabéns Didas... um beijinho grande!

Para ti também Manel, e obrigada!

E pronto. Posto isto, bora todos para a festa. Mas não liguem. Este foi o momento em que entraram os convidados da empregada!

11/09/2006

AMANHÃ VAMOS TER TRÊS!!!

Parece que foi ontem, mas amanhã mesmo este estabelecimento faz três anos!

E para comemorar essa extraordinária data com a pompa que ela merece, estamos a pedir aos nossos queridos clientes que nos deixem ou mandem textos, imagens ou o que lhes apetecer, que exprimam a sua relação com este blog. Os temas propostos são:

- Se ainda não estou inválido nem acamado e há um mundo lá fora, o que raio venho eu aqui fazer?
- O que senti na primeira vez que entrei na padaria.
- De como o mundo nunca mais seria o mesmo se esta padaria fechasse.
- De como a leitura do Farinha Amparo nos abre portas, a começar pela do hospício.
- Outro, à escolha.

Ficamos à espera!

11/08/2006

CONFESSO

O meu carro anda tão sujo que, mesmo que me esqueça do lugar onde o estacionei consigo encontrá-lo, porque sei que já estou perto quando começo a espirrar com a alergia ao pó.

11/07/2006

E A PROPÓSITO DE UM COMMENT AO POST ANTERIOR

Apesar de ser a mesma palavra, aparentemente, "bida" não é a mesma coisa que "vida". "Bida" é vida com bibacidade. Se alguém diz "Ai a minha vida!" está a dizê-lo com a alma pesada de fado. Quando se diz "Ai a minha bida!", é de nariz no ar e mãos na anca.

11/06/2006

A VERDADEIRA HISTÓRIA DA MENINA QUE QUERIA SER DE LETRAS


Quando era pequena, a Didinhas queria ser de letras. Tinha ouvido isso numa conversa de adultos e, apesar de não saber o que significava, a imagem que lhe sugeria o facto de alguém poder ser “de letras” fê-la decidir-se de imediato. A expressão tinha sido utilizada em relação a uma pessoa importante, aquele senhor é “Doutor de Letras”. Doutor de letras!!! Os olhos da Didinhas brilharam logo muito! Pois se ela já conhecia as letras todas do alfabeto, sabia dizê-las por ordem e na ordem inversa sem se enganar, desenhava-as no caderno redondinhas e rebolantes sem sair das linhas (nem para cima nem para baixo) e tinha aprendido tudo isso muito depressa e sem nenhum esforço, estava visto que já podia ser doutora de letras! Isso dava-lhe imenso jeito, pensou ela, já que detestava os problemas de aritmética, que metiam sempre kilos de batatas e os respectivos lavradores e exigiam sucessivas contas de vezes e de dividir. Também detestava decorar os nomes dos rios, das montanhas e das linhas de caminho de ferro. Ser doutora de letras, comprovada que estava a desnecessidade óbvia de aprender mais coisas (letras são letras), ia proporcionar à Didinhas a vida que desejava: Ficar de manhã enroscada na cama com os olhos a abrir devagarinho com o sol a entrar pela janela a pouco e pouco, andar de baloiço a ver as nuvens mais perto e mais longe e saltar quando atingia a altura máxima possível, subir às árvores (menos às figueiras cujos ramos eram fracos e traiçoeiros) e ficar no colo das ramadas a ver o tempo passar...


Mais tarde a Didinhas cresceu, engordou, emagreceu, teve rugas, cabelos brancos, chatices, e descobriu que ser doutora de letras não era nada do que pensava. Mas tem saudades de subir às árvores.

Olá queridos e queridas clientes!
Por estes dias aconteceu uma coisa que me deixou parvinha de todo! O semanário Sol fez uma sondagem e concluiu que 28% dos portugueses preferia que a península ibérica fosse um só país, mais concretamente, Espanha. Ou seja, mais de um quarto dos portugas eram gajos para comer tapas, dizer “Vale!” e “Venga!” umas catorze vezes em cada frase, ouvir coplas (uma cena tipo pimba mas para pior) na rádio e na televisão várias vezes ao dia e viver em apartamentos T3 com 60 m2, só para ganhar um ordenado espanhol.
Ok, não estou a desdenhar, até eu preferia ganhar o que ganha uma empregada de padaria em Badajoz, olha não!
O que, sinceramente, me deixa curiosa, é QUEM é que respondeu sim nesta sondagem, ou seja, quem são os 2 milhões e oitocentos mil gajos que acham que esta merda não é suficientemente boa para eles e antes queriam passar-se para o lado da espanholada. Porquê? Porque a lógica é que não se trate daqueles que, todos os dias, contribuem para que esta choldra seja a pocilga que é, ou seja:
- Os que não sabem ler nem escrever nem se esforçam por aprender;
- Os que sabem ler e escrever mas não conseguem o que lêem;
- Os que pegam nas garrafinhas de plástico, jornais, revistas, latas e etc e vão pôr tudo no lixo vulgar, nas calmas;
- Os que ultrapassam em traços contínuos, fazem rotundas como se fossem os únicos gajos do mundo e estacionam em cima dos passeios e em segunda fila;
- Os que metem atestados médicos de 15 em 15 dias e vão para a praia;
- Os que intrujam o estado (que somos nós todos) nos impostos, não passando facturas e com outros esquemas semelhantes;
- Os que aproveitam as horas de trabalho para não fazer nenhum porque é preciso descansar e estar em forma para ir à bola ao domingo;
- Os que cospem para o chão;
- Os que constroem casinhas clandestinas com azulejo diferente em cada fachada e uma estatueta no jardim, em zona protegida, e no fim fazem uma peixeirada para lhe porem água e luz;
- Os que arranjam esquemas ilegais para terem água e luz e Internet e televisão por cabo sem pagar;
- Os que metem cunhas de chapelinho na mão para se meterem e meterem os seus em empregos públicos onde depois não vão fazer nenhum até à reforma;
- Os que, os que, os que.

Claro, que tirando estes todos, não sei se sobram 2 milhões e oitocentos mil…
Daí o meu espanto.

É tudo por hoje queridos, fiquem bem e com um beijinho da vossa

Rosarinho